A decadência do cinema atual

Não são poucas as pessoas que hoje apreciam mais os filmes antigos do que os filmes atuais do cinema. Hoje, é notável que as produtoras cinematográficas estão mais focadas em impressionar os espectadores com luzes, explosões, destruição em massa, catástrofes e lutas espetaculares ao invés de impressionar as pessoas com a história, a filosofia, a mensagem e o enredo. Apesar de todos esses efeitos especiais nos darem um "up" no sofá, eles também provam que com sua ausência o filme fica chato e monótono, ou seja, ficamos apenas animados na cadeira do cinema quando começa novamente a hora do rush tecnológico e computadorizado destas produções.

Até o ano passado, poucos filmes se mostraram regularmente ricos em roteiro e enredo. Um exemplo foi o filme "Birdman" ou "A Inesperada Virtude da Ignorância" que propositalmente apresenta críticas bem visíveis à indústria do entretenimento que hoje se fundamenta em espetáculos visuais.

Um exemplo recente de fracasso em massa foi a nova franquia de um dos heróis mais famosos dos Estados Unidos, o Homem-Aranha em sua franquia "Espetacular" (Amazing Spider Man). Os efeitos especiais são de última geração, mas o roteiro é fraco, a narrativa e entediante e até os efeitos especiais tornam-se enjoativos de tão perfeitos.

A antiga franquia de Sam Raimi do herói aracnídeo com Tobey Maguire e Kirsten Dunst apresentava conteúdo, um roteiro rico e muito bem escrito, um enredo que envolvia o espectador e um romance que nos prendia, não apenas com flores e beijos, mas também com ação, suspense e tudo o que despertava expectativa em quem assistia, fora os efeitos especiais que poderiam não ser incríveis, mas eram muito bem elaborados o que se permitia ver uma batalha em qualquer ângulo, em qualquer espaço da tela e isso agitava quem assistia.

As poucas produções cinematográficas que realmente usaram a tecnologia de efeitos visuais a seu favor como parte e roteiro da história foram "Titanic e Avatar" de James Cameron, "Jurassic Park e Guerra dos Mundos" de Steven Spielberg, "O Dia Depois de Amanhã" e as franquias aplaudidas de "Harry Potter" e "As Crônicas de Narnia" como excelentes exemplos. Percy Jackson infelizmente não entra nesta lista por apresentar um roteiro péssimo com efeitos especiais que cairiam como uma luva em alguma produção de desenhos animados. E já que estamos falando de produções literárias, uma das mais bem sucedidas e que não poderia ficar de fora é a trilogia de “O Senhor dos Anéis” tendo garantido mais de 11 Oscars de melhor fotografia, figurino e efeitos visuais, ao contrário de outro filme literário, “Eragon” que tinha tudo para dar certo, tudo, menos o roteiro.

Os motivos de escrever sobre o cinema é por conta da tristeza diante da falta de criatividade que se encontram nos filmes atuais, tarefa que hoje foi jogada apenas em cima dos computadores e gráficos. Apesar do investimento forte nos efeitos visuais, filmes recentes ainda têm despertado os aplausos do público, como “Noé” e “Grande Hotel Budapest”. Já o remake de Godzilla 2014, Vingadores, o filme apocalíptico 2012 e a franquia Thor não têm apresentado um enredo tão bom, mas de efeitos especiais, estes filmes estão de parabéns. Mas não é só isso o que conta em um filme.

Godzilla 2014 não se compara com a primeira versão de 1998, pois nesta nova produção não há princípios nem meios e nem fins que justifiquem a batalha de dois monstros gigantes em meio a ilha do Hawaii. A produção de 1998 carrega consigo uma história com objetivos, missões, diferenças sociais e especialmente um romance, fator importante que James Cameron soube valorizar muito bem para garantir o sucesso de Titanic e mais tarde de Avatar. Produções anteriores que retrataram o naufrágio de Titanic fracassaram por não apresentarem uma história que envolvesse o espectador a ponto de leva-lo para dentro do navio, ao invés de deixa-lo apenas na janela para presenciar os efeitos especiais da catástrofe do navio.

Querendo ou não, personagens são importantes na construção de uma história que envolva toda uma massa social, tudo isso permite ao espectador identificar-se com cada um deles e quando se trata de um galã e uma donzela a garantia de sucesso é acima de 80%.

A nova franquia Homem-Aranha falhou por apresentar no Peter Parker de Andrew Garfield, um adolescente insensível, metido e imaturo, contrários completamente ao Peter Parker de Tobey Maguire, que era empático, humilde, apaixonado e família.

Como os valores “família” e “romance” devem estar sempre presentes nas telonas, um grande diretor que também reconhece isso é Steven Spielberg ao mostrar os valores da família no tocante “A.I. – Inteligência Artificial”, um dos melhores de ficção científica de todos os tempos e “Cavalo de Guerra”, outra produção literária que conta com efeitos especiais.

E se quiser mais uma prova concreta de que romance faz diferença em um filme, esta prova está na megaprodução de Michael Bay, “Pearl Harbor”, lançado em 2001 e ganhador de diversos prêmios. Um filme de excelente enredo, um elenco admirável, e efeitos especiais de primeira qualidade.

Não, não é só a máquina que faz um bom filme!

Todos estão envolvidos neste projeto! Diretores, escritores, roteiristas, atores, estilistas e o público! São todos é que constroem o sucesso de um filme e para isso é preciso ter sensibilidade e motivação.

É isso o que faz o cinema de Hollywood um grande palco de sucessos, na qual a essência deve ser preservada. 

 

Redação: Ramon Ribeiro dos Santos

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