Que o sofrimento de amor existe, disso todos nós sabemos. O que talvez não saibamos é que hoje em dia, as pessoas em geral estão mais retraídas e extremamente cautelosas em relação à vida amorosa e a paixão.
Todas as pessoas hoje sentem medo de se apaixonar, sentem-se inseguras ao saberem que estão se apaixonando por alguém e interpretam o amor como sinal de fraqueza e infantilidade, o que é algo bem comparado aos contos de fadas do século 19 e 20.
Aquele sentimento de leveza e êxtase que dá no coração e no fígado quando vêmos alguém é hoje considerado sinônimo de sofrimento e até morte. A maioria prefere encarar em filme de terror que trate de exorcismos e possessões demoníacas do que arriscar acreditar no amor.
Por que a sociedade de hoje está assim?
Segundo estudiosos, filósofos e sociólogos, as pessoas da atualidade em grande maioria já deixaram de acreditar no amor pelo fato de terem presenciado em suas vidas situações de desilusão amorosa, descaso do parceiro, o que resulta em término de relacionamento e exposição ao ridículo quando se está apaixonado, já que a paixão envaidece por um lado e humilha pelo outro, fazendo a pessoa envaidecida alimentar seu próprio ego às custas dos bons sentimentos de seu admirador, com esperanças falsas de amor, o que tende a desencadear em longo prazo a uma decepção que pode gerar conflitos, queda de auto-estima, preconceito e crimes passionais.
De acordo também com estudiosos, pessoas bonitas e sensuais são os maiores vilões dentro do mercado amoroso, por serem em visão estereotipada, muito desejáveis e símbolos da arrogância narcisista do século XXI, fator que entristece muita gente.
Além de tudo isso, o medo de amar também se baseia em violência e propaganda enganosa do romântismo para conquistar a pessoa desejada. Hoje, 90% de todas as pessoas no mundo já sofreram fortes dores relacionadas ao amor. E quem ainda não sofreu, vai sofrer.
Outro fator é a cultura materialista ocidental, que prega o consumismo e a riqueza como fatores para a felicidade, o que impede o contato humano por conta das mídias atuais e as novas tecnologias do entretenimento que seduzem pessoas e as tornam dependentes.
Mas o maior motivo de estarmos vivendo na era do desamor é a desonestidade e o narcisismo em massa, que tornam a soberba, o orgulho e a luxúria os maiores pecados desta geração.
As mulheres são as mais desiludidas neste quadro atual para com os homens, preferindo permanecer solteiras e independentes, por conta do machismo ainda forte em nosso meio e que materializa sexualmente a mulher.
Em questão de psicologia, o narcisismo e a ambição são os maiores motivos da era sem amor.
Redação: Ramon Ribeiro dos Santos
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