Crítica | Lucy (2014)

 
Lucy é o tipo de ficção científica que traz uma boa proposta de reflexão, mas que reproduz essa temática como mais uma obra de entretenimento, visando muito mais a diversão do que o aprofundamento no assunto em si.
 
Baseando-se na ultrapassada premissa de que o ser humano só usa 10% de sua capacidade cerebral, alegando que despertaríamos poderes inimagináveis dignos de um X-Men caso atingíssemos nossos 100%, o filme “Lucy” trabalha esta teoria sem o compromisso de alegar sua veracidade e deixando isso bem claro durante seu desenvolvimento. Com isso, a obra de Luc Besson consegue agradar ao público que foi ao cinema atrás de uma adrenalina com um enredo mais simples, mas decepciona os fãs mais exigentes, que esperavam um aprofundamento do tema, uma visão mais filosófica e teses cientificamente aceitas. Há de se esperar bons elogios do público em geral, porém, isso não é o que vemos por parte da crítica especializada. 
 
Ainda assim, há pontos extremamente positivos que merecem destaque na análise do filme, como a surpreendente atuação de Scarlett Johansson. Sua personagem e protagonista inicia a história de forma passiva e se desenvolve de forma magnífica, com dramaticidade e amadurecimento muito além do normal. A jovem garota estudante que, por incentivo do namorado, entra em uma cilada em meio a uma máfia de narcotraficantes e em total desespero e medo, acaba sendo apagada pelos bandidos, acordando pouco depois com uma perigosa droga conhecida como CPH4 em seu interior. Após ser agredida em uma tentativa de abuso por parte dos prisioneiros, a droga com aparência de minúsculas pedras azuis se espalha por todo o seu corpo, causando um efeito colateral que expande sua capacidade cerebral constantemente. A medida que Lucy avança cada vez mais na porcentagem de uso do seu cérebro, ela começa a despertar habilidades mentais extremamente elevadas, como telecinese, telepatia, eletrocinese, absorção de conhecimento e mais adiante, até mesmo viagem no tempo.
A evolução de Lucy não é somente exposta na aparição de suas novas habilidades, mas também na sua percepção total acerca da realidade, o pleno entendimento de todas as ciências existentes e conforme o filme avança, sua absoluta “incapacidade” de empatia, sensibilidade e comoção. É como se a cada aumento de sua capacidade cognitiva a deixasse cada vez menos humana e cada vez mais apática e robotizada, sem expressão, sem sentimentos e sem nenhum resquício de medo.
As pessoas que estão em seu caminho, ou são eliminadas ou usadas, sempre em nome de seu objetivo final. Lucy, ao pesquisar na Internet informações sobre a droga que a afetou, busca contato com o neurocientista e médico Samuel Norman (Morgan Freeman) o qual possui uma pesquisa que segundo os conhecimentos de Lucy, tem fundamento e que pode ajudá-la na missão de passar todo o conhecimento que ela adquiriu adiante para a humanidade. Ela obtém toda as drogas de CPH4 e as injeta todas em seu corpo no laboratório da Universidade de Norman, permitindo que ela seja capaz de ultrapassar dimensões, mudar de forma e interferir na própria realidade, tornando-se uma divindade. Ao se tornar um pen-drive armazenando todo a “verdade” acerca da vida, ela se torna uma entidade presente em todos os lugares.
 
É fato que o filme é uma obra de ficção científica e assim deve ser encarado por quem o assiste. Mesmo assim, a obra deixa algumas brechas que poderiam ser melhor exploradas e trabalhadas, como a temática em si e questões acerca do que a ciência pensa sobre a mente humana e sobre nossa capacidade cerebral. Muitos questionamentos poderiam ser levantados a respeito da neurociência e sobre até onde o homem poderia chegar caso obtivesse um grande avanço em sua inteligência.
Mesmo na ausência de tais fatores, o filme cumpre bem o seu papel de entreter e agradar, principalmente para quem busca uma ficção mesclada com ação.   
Resenha: Ramon Ribeiro 
Redação Bem Estar Ouro Fino 

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