A morte de Alexandre Magno Abrão (Chorão), da banda Charlie Brown Jr. já deixa indícios de que o rock parece estar no fim.
Na era em que o Rock encontra-se quase extinto diante dos ouvidos da juventude atual, dá-se lugar a dois influentes ritmos da música que nada mais representam o auge da rebeldia, da luxúria e da revolta da geração Y. O Funk e o Sertanejo Universitário que são por sua vez, dois grandes instrumentos de ataque à sensibilidade humana e até forte ferramenta para a morte de almas de muitos jovens iludidos com a riqueza, a luxúria, o sexo e obviamente com a vida perfeita que nunca aparece. O Funk, movimento criado pelos jovens da periferia das grandes cidades, representam em batidas repetitivas e vulgares, no "tchu tchá tchá tchá, tchú tchá tchá tchá" a demonstração de um barunho de metralhadoras disparando por todo lado, além também de representar nessa linguagem o ato sexual feito com violência e ansiedade de botar toda a raiva para fora diante das injustiças das grandes autoridades. O movimento Funk tem em seu caráter um movimento altamente ganancioso e ao mesmo tempo revoltoso. Os funkeiros que hoje dominam os palcos do Brasil, normalmente tem em suas letras, ataques contra a alta sociedade do Brasil em especial aos governantes e principalmente aos policiais, que prendem e maltratam jovens sem nenhuma estrutura em educação ou em família. Os funkeiros representam em si uma grande massa que está cada vez mais disposta a atacar de todas as maneiras a classe rica, inclusive os políticos indinheirados que vivem de prazer permanente em sexo com prostitutas de luxo de alto valor, iátes, jatinhos, aviões particulares, cruzeiros e viagens ao exterior, às custas do dinheiro público brasileiro. Grande parte da cara do Brasil já foi mudada graças a este movimento que hoje já nos apresentam Funkeiros com bens materiais e de luxo cada vez mais caros e luxuosos. São uma verdadeira guerra contra os bandidos engravatados. O estupro de moças inocentes, o tráfico de drogas, a venda de armas nucleares e a ameaça diária contra os PM's já colocou há muito tempo, medo e pavor em todos os governantes que vivem à mercê do luxo e da riqueza, realidade marcada da corrupção que o Brasil sofre desde o seu nascimento. A depravação só vai continuar enquanto os direitos desses jovens não forem concretizados na prática, ao contrário da teoria escrita no papel. Por outro lado, encontram-se eles, a turma do Sertanejo Universitário, grandes inimigos do Funk Ostentação. O sertanejo universitário é composto pela classe rica de jovens do Brasil que naturalmente tem tudo o que querem e o novo ritmo brasileiro recebe este nome pelo fato de que todo filhinho de papai já está cursando uma faculdade sem muitos problemas de ser bem-sucedido no futuro. Obviamente que as letras ridículas que o ritmo criado pelos jovens da alta-burguesia trazem para nossos ouvidos seja de total alvo ao público feminino, em especial as meninas ricas que estão começando a curtir baladas todo fim de semana e que vão ao shopping todos os domingos, estas não dispensam cantadas ou uma forma de o garoto fazer alguma palhaçada perante ela para que seu ego possa ser alimentado e para que o garoto consiga uma noite com a linda e estravangante mocinha rica que sonha apenas em uma coisa, mordomia. As meninas ricas em sua parte apreciam muito relações sexuais com parceiros de burguesia, obviamente porquê se darão muito bem juntos, até que o dinheiro um dia os separe. E por quê sertanejo? Porque sertanejo é o ritmo típico do Brasil para se conquistar uma mulher, diferente do extinto rock, que daí o assunto é bem mais sério. Fala de paixão e amor eterno. O sertanejo universitário por sua vez é como um bobo da côrte para as meninas que gostam de se sentir assediadas, elogiadas e endeusadas. Totalmente diferente do Funk Ostentação, em que o público feminino é por sua vez, garotas da periferia e que se juntam a bandidos e traficantes de alto perigo a sociedade em busca de poder, governância, autoridade e muita vingança através da violência, decorrente de uma grande inveja da classe rica. Toda essa revolução que o Brasil passa hoje, já se teve em outros países que são considerados atualmente os líderes mundiais. A mentalidade brasileira está mudando para a melhor. Já está se deixando de pensar que luxo e vida com conforto e bem-estar é apenas para as classes mais favorecidas. O Brasil está caminhando sim para uma democracia mais justa, mas ainda terá que enfrentar muita guerra, dor de cabeça e coragem de lutar, quem sabe até morrer, para derrubar todos esses corruptos que hoje, já desmascarados, querem agora transformar o Brasil em um regime facista. Obviamente que a geração jovem atual enxerga muito mais isso do que as antigas gerações, pois a cultura da informação, além de estar muito mais forte hoje, não éramos tão iludidos como a geração anos 80 que ficou deliberadamente paralisada na época em que a música era a única coisa que se falava na vida. Vêmos que há muitas paixões para serem botadas para fora, mas não só com ídolos, mas sim com uma democracia mais justa que permita relacionamento aberto e acima de tudo, prosperidade para todos. Os protestos do ano passado mostraram apenas uma prévia do que realmente está por vir no Brasil. Quando tudo realmente estiver acontecendo, todos já terão aberto os olhos para a realidade nua e crua. O Brasil hoje quer ser realmente o País do Futuro, já estava na hora mesmo de pôr este lema em prática.
Texto: Ramon Ribeiro