Foi exatamente neste domingo, dia 12 de abril, que Ouro Fino concluiu a segunda etapa dos protestos pró-impeachment da presidente Dilma Roussef e de todos os integrantes dos escândalos de corrupção nas operações lava-jato da Petrobras, do corte de 7 bilhões de reais no Ministério da Educação, o que ocasionou a greve dos professores e a perda do ano letivo de vários alunos da rede pública e estadual. Todos esses integrantes são membros de um parlamentarismo cujo nome hoje já é conhecido como "corja petista" e até mesmo de uma forma irônica como ratos roedores. Neste domingo, o Brasil todo deu segmento aos protestos que sucederam às manifestações do dia 15 de março deste mesmo ano.
Embora todas as capitais do Brasil tenham registrado um número bem menor neste domingo do que foi registrada no dia 15 de março, com Ouro Fino não foi diferente. A cidade manteve-se quieta, acomodada e pacata como sempre. Foram registradas na cidade de Ouro Fino um número de manifestantes indignados cabível em uma sala de aula de ensino médio, cerca de aproximadamente 30 pessoas. No dia 15 de março, este número era bem maior, 120 pessoas! Talvez pelo fato de Ouro Fino ser composto por uma elite branca predominante ou até mesmo pelo conforto e ausência de problemas que a cidade apresenta, os jovens neste cenário se sentem então confortáveis, como se estivessem na Suécia. Mas essa Suécia sofre muito com impostos altíssimos e não dá oportunidades de trabalho, emprego e estudos para os jovens ourofinenses, que por fim, ou casam muito cedo e se submetem para o resto da vida a um salário vergonhoso ou se acabam de vez no mundo das drogas, uma entrada sem saída.
Talvez aqueles jovens que vão se casar cedo não pensem nos filhos que vão gerar e como eles podem vir a sofrer com uma injustiça ditatorial dez vezes mais forte do que a que vivemos hoje. Quem sabe possamos ter filhos e netos vivendo em pleno estado de ditadura cubana, onde expressar opinião é proibido e lutar por direitos resulta em morte. Será mesmo que a juventude gosta mesmo do populismo? Afinal, será que a próxima geração de jovens vai aprovar a nossa egoísta conduta de vida no sofá?
O incrível mesmo é ter visto nesta manifestação pessoas da terceira idade e crianças pequenas já mostrando sua indignação pelo governo que elas querem de todo modo mudar, para que quando forem adolescentes, não presenciem tanta injustiça como nós presenciamos. O céu pode estar azul, mas por enquanto estamos na terra! O patriotismo brasileiro existe, o ourofinense não. Essa mentalidade de manter tradição coronelista não é patriotismo, mas sim, egoísmo. Acorda Ouro Fino!
Redação: Ramon Ribeiro dos Santos
Editorial: Jornal Folha de Ouro - Ouro Fino MG