Apesar de o tema proposto apresentar um posicionamento exclusivo em prol das mulheres, o assunto é necessário! Afinal, violência é coisa séria!

O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) avaliou os estudantes de todo o Brasil colocando-os em frente a um tema polêmico e que exige máxima cautela ao ser tratado: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.
O assunto gerou barulho nas redes sociais, uma premeditação de doutrinação marxista e pretenciosa a fim de gerar mais ódio entre grupos e classes foram interpretadas por grande parte dos vestibulandos brasileiros. Foi também percebido no Exame um espaço livre para grupos esquerdistas atacarem a religião cristã, criminalizando-a pela violência doméstica, no objetivo de banir os ensinamentos e os valores da Igreja Católica.
Para ser ainda mais polêmico, o ENEM afirmou sem nenhuma proposta de reflexão em suas alternativas, a ideologia marxista e feminista da filósofa existencialista Simone de Beauvoir, que apresenta a ideia de que nenhuma mulher nasce mulher e que o sistema do patriarcado é que dita a categorização do inferior e do superior em uma família, abordando a política de castas e a luta pela igualdade de gênero.
A questão extremamente fiel à ideologia de gênero desmereceu o caráter da masculinidade e tornou a figura do homem a figura de um opressor nato, abordando a ideia de que a mulher sempre foi desprovida de mostrar suas competências e habilidades no mercado de trabalho e responsabiliza os homens por esse histórico.
Mesmo diante de tudo isso, desmerecer o tema diante de sua importância seria um equívoco e até uma apologia à persistência da violência doméstica presente nos lares brasileiros. Quase todo mundo já presenciou algum tipo de violência sexual e por conta desta experiência, quem viveu sabe como é traumático, prejudicial à saúde, à autoestima e ao direito à liberdade individual.
Portanto, quem conseguiu nota alta na Redação do ENEM, obviamente se posicionou contrário à prática de qualquer tipo de violência, seja moral, material, física ou verbal. Qualquer estudante em sua sã consciência de cidadania aderiu ao mais óbvio posicionamento de combater a violência! Redigir o contrário seria o mesmo que pedir um zero e jogar todo o ano de gastos financeiros e psicológicos em estudos no lixo. Afinal, nenhuma violência é justificável e quem a pratica merece punição severa. Violência é coisa de gente tomada por emoções negativas e instintos animalescos, que o privam da dignidade humana, assumindo o papel de um animal selvagem e burro.
Porém, se fosse eu a redigir a redação proposta pelo ENEM deste ano, iria ressaltar o ponto chave responsável pelo alto número de índices de violência registrados no Brasil e que tristemente nos impede de estarmos um país de primeiro mundo: a corrupção.
O Brasil está na lista dos 25 países mais violentos do mundo, sua posição é a 16°! Estamos entre os países que mais matam na atualidade. A taxa nacional é de 25,2 assassinatos a cada 100 mil habitantes, um número quatro vezes maior que a média mundial! São 25.000 pessoas assassinadas anualmente em nosso país.
No Brasil, morrem mais pessoas do que nos países que se encontram em guerras civis, como Síria, Ucrânia e Jamaica e é o país que mais registra mortes de jovens no mundo todo, na maioria, negros que vivem em subúrbios.
A Anistia Internacional criou até o Movimento “Jovem Negro Vivo”, que visa acabar com a violência urbana que mata milhares de jovens da classe baixa no Brasil.
No quadro de países violentos, o Brasil se encontra cercado somente de países extremamente pobres, como Costa do Marfim, Zâmbia, Uganda, Belize, Jamaica, a ex-democrática Venezuela ao lado de Colômbia, e também Lesoto, Congo, Malauí, República Centro Africana, África do Sul e Honduras, o líder!
Portanto, o Brasil, apesar de ser um país moderno e globalizado, se encontra em uma posição vergonhosa internacionalmente e isso, logicamente nos causa revolta.
O Brasil é o único país rico economicamente na lista de nações mais violentas e atrasadas, consideradas pobres, mas temos algo em comum, a corrupção.
A corrupção favorece apenas aos governantes e priva o seu povo o direito à liberdade, a educação, ao conhecimento, ao discernimento, a cultura e à qualidade de vida. Isso resulta em um povo sem noção de ética e com caráter extremamente moralista e sem capacidade de reflexão. No primeiro conflito, surge a violência, pela falta da instrução civilizada e perda de suas competências e habilidades que só uma educação de qualidade pode trazer.
Nisso, os valores da família, que são a base do crescimento e do equilíbrio mental e emocional de toda pessoa acabam se desfazendo e resultando em cidadãos revoltados com a própria vida, sem capacidade de pensar e lutar pelo que querem.
A ignorância toma conta do povo e o governo fica à vontade para lucrar através de programas sociais que favoreçam mais aos criminosos do que aos cidadãos de bem, em uma forma mascarada de “direitos humanos”. Isso escraviza o povo à violência, que por fim, acaba se rendendo às migalhas de seus programas sociais para protegê-los da criminalidade. Corrupção e criminalidade andam juntas!
Muito evidente que para combater a criminalidade e a violência, é preciso combater primeiramente a corrupção. A corrupção não promove a educação para todos, nem mesmo o direito à família e isso corrompe o ser humano logo cedo, o tornando um ser ignorante e rude! Adotar um certo tipo de movimento político como o feminismo é só mais um convite à guerra, colocando o poder de decisão sobre a vida de um povo, ainda mais nas mãos do Estado, tirando a autonomia da pessoa física, dando espaço para o comunismo crescer e a ditadura nascer. Isso vai limitar e submeter o cidadão a qualquer tipo de decisão e até sobre o que ele acredita, impondo verdades contra seus preceitos religiosos e sociais e isso marca o fim da democracia.
O feminismo que eu vejo no Brasil está mais para um movimento em prol de interesses individuais restritos somente às mulheres e não à coletividade que forma uma nação justa. Trata-se em minha visão de um movimento que deseja categorizar a violência por meio de classes e grupos, rotulando através de estereótipos quem é opressor e quem é oprimido.
O objetivo maior é desmerecer o caráter e os direitos de determinadas pessoas analisando apenas suas qualidades físicas, fisiológicas e sexuais através da generalização e punição em massa, dando poder a apenas um grupo homogêneo de pessoas com objetivos e qualidades em comum. Não! Isso não é democracia! É uma forma de ditadura! Democracia é quando há todos em prol da liberdade e não apenas um grupo específico.
Não são só mulheres que sofrem violência! Homens também sofrem e não devem ser desmerecidos de nossa atenção! Quem pratica violência é bandido. E todo bandido fere a nossa cidadania e nossa dignidade, pois lesar um cidadão de nosso meio social lesa também aos nossos direitos! Ninguém é uma ilha! Somos todos um só!
Acabar com a violência requer lutar por uma nação justa que ofereça oportunidades!
A cultura do machismo é alimentada pelo próprio governo através de leis que nunca são cumpridas e que na maioria das vezes são adulteradas, dando liberdade aos criminosos!
Enquanto o Brasil for o país da impunidade, infelizmente todos nós seremos vítimas da violência e seremos sempre obrigados a dormir com um olho fechado e outro aberto. Somos todos oprimidos!
Acredito que a proposta de redação do ENEM foi pretenciosa ao julgar a violência apenas contra a mulher, mesmo assim, não deixa de ser um assunto necessário!
Quanto à questão favorável à ideologia de gênero, o marxismo esteve presente mascarado de “luta pela igualdade de gêneros”, mas se formos mais observadores, podemos notar que o desejo do Estado de tirar a autonomia do cidadão é evidente, tanto em aspecto financeiro, quanto biológico, filosófico e até penal, em uma forma de banir a educação deste país de uma vez por todas!
É um lobo disfarçado de cordeiro.