O leite condensado é um convite ao questionamento, e no momento, só isso | Editorial

Existe uma grande diferença entre ler uma notícia e filtrar uma notícia. Não se trata apenas de leite condensado, nem mesmo do destaque que o produto ganhou nas manchetes. Se trata do quanto somos capazes de tolerar gastos estatais tão absurdos diariamente por pura e simples conveniência política. E do quanto de gastos federais precisamos ficar a par para entender que o Estado é em si, insustentável e parasitário, independente de quem esteja lá.

 

É compreensível e até louvável o fato de tantas pessoas não se conformarem com os valores apresentados pelo site Metrópoles acerca dos gastos do governo federal com alimentos. E obviamente que todos esses gastos não dizem respeito somente ao consumo do presidente. Pensar isso contraria qualquer lógica. Os gastos abastecem várias autarquias, departamentos, ministérios e instituições que integram a União. E há de se concordar que 15 milhões em leite condensado é um valor até concebível ao cidadão comum, afinal, é um alimento útil ao Exército em seus treinamentos, assim como a alfafa, inclusa no carrinho de compras, para os cavalos. Mesmo diante de tais valores, sabemos que gastos como esse são apenas a ponta do iceberg de um Estado brasileiro inchado, com histórico de muito gasto e poucos resultados.

Com serviços públicos essenciais ineficientes e sem qualidade, ainda mais em tempos de pandemia, espanta a qualquer um, gastos federais tão altos com chiclete (2 milhões), bolacha (50 milhões), chocolate (16 milhões), batata frita (16 milhões), vinho (2,5 milhões). Dados assim fazem-nos questionar quais são de fato as prioridades de um governo que se elegeu com um discurso de estado mínimo, enxugamento da máquina pública e combate a privilégios.

Um questionamento pertinente que até os liberalistas mais clássicos fariam neste contexto.

Para quem não sabe, “Estado Mínimo” nada mais é do que o entendimento que o papel do estado na sociedade deve ser o mínimo possível para que o Estado consiga entregar serviços públicos de qualidade para a sociedade, com maior eficiência, deixando apenas nas mãos de iniciativas privadas funções consideradas não essenciais. E isso também inclui um corte amplo de gastos estatais, sendo muitos deles, desnecessários.

Diante dos gastos expostos de 2020, não é nada difícil mensurar os gastos absurdos que o Estado faz com dinheiro público todos os dias, enquanto serviços essenciais continuam em absoluto descaso. Também é inocência argumentar que tais gastos são indiretamente em prol da população, quando sabemos que cada órgão e departamento compra diretamente suas coisas, prestando estes, contas à união.

Enquanto isso, o Instituto Butantan e Fiocruz, na missão de fabricar vacinas para imunizar a população, continuam sem receber cotas de importação de equipamentos e insumos destinados à pesquisa científica, afetando as ações no combate ao Covid-19.

Mais uma vez, questiona-se! Quais são as prioridades do governo? O Estado é mesmo necessário?

 
Redação: Ramon Ribeiro
Bem Estar Ouro Fino
 

Referências: https://www.aosfatos.org/noticias/bolsonaro-nao-gastou-r-15-milhoes-em-leite-condensado-cifra-equivale-despesa-de-todo-o-governo-federal/

 

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