Em 27 de Maio do corrente ano, tivemos a oportunidade de conversar com uma repórter da “UOL Tecnologia” (Especialistas em segurança relatam como as redes sociais colocam internautas em risco ) a respeito dos perigos relacionados a quantidade de informações que as pessoas disponibilizam em redes sociais e que poderiam ser usadas contra elas próprias.
Naquela oportunidade a repórter início sua reportagem mencionando: “Antes de culpar as redes sociais pela falta de privacidade online – basta lembrar dos recentes escândalos envolvendo o Facebook – os usuários precisam fazer um mea-culpa. Se as informações estão lá, é porque muito possivelmente foram colocadas pelo próprio dono do perfil”.
E prossegue acrescentando: “E acreditar que as configurações de segurança são infalíveis é uma postura um tanto ingênua em tempos de roubo de senhas online e brechas de segurança constantes”.
Em nosso comentário ainda destacavamos: ““Na internet, é necessário que a pessoa tenha o mesmo cuidado com sua proteção pessoal como a que tem na vida real. Você não leva um desconhecido para dentro da sua casa. Por que então vai adicioná-lo ao seu perfil do Orkut?”, exemplifica Araújo Filho. O delegado lembra ainda que muitas pessoas não reparam que as informações das redes sociais estão indexadas às principais ferramentas de busca online. “Basta entrar no Google para obter dados como um endereço ou telefone pessoal”.
As redes sociais são construídas a partir da ideia do compartilhamento aberto de informações e do estímulo ao senso de comunidade. Infelizmente, uma rede online de indivíduos compartilhando suas experiências ativamente e procurando conexões com outras pessoas semelhantes podem ser iscas fáceis de criminosos que fazem uso da engenharia social ou de ataques “phishing”
O pior de tudo é que as pessoas ainda insistem em práticas que colocam a sua integridade física e de seus familiares totalmente em risco, até porque, não são poucos os criminosos que já perceberam o potencial de informações que a internet proporciona.
Essa falta de cuidado pode facilmente fazer com que criminosos descubram os interesses das pessoas, localização, movimentos e se estão fora de casa.
Cerca de quatro em cada dez pessoas que usam sites como “Facebook” e “Twitter” postam coisas específicas sobre planos para feriados e um terço faz atualizações durante seus passeios num final de semana.
A conclusão é do relatório Digital Criminal, produzido pela companhia britânica “Legal & General”, que adiciona a isso o fato de que é grande o número de pessoas que aceitam ser “amigas” online de estranhos, as quais com o acesso facilitado às informações pessoais faz aumentar o risco de ser alvo de algum criminoso.
De 100 requisições de amigos ou seguidores partidas de estranhos, 13% foram aceitas no “Facebook” e 92% no “Twitter”, sem qualquer tipo de checagem. Além disso, 17% dos usuários pesquisados para o estudo disseram que possuem seus endereços residenciais postados nestas páginas e pessoas estranhas teriam acesso a esses dados.
Retirado do site: mariano.delegadodepolicia.com/