O QUE FAZER APÓS SAIR DO SISTEMA RELIGIOSO DENOMINACIONAL?

O QUE FAZER APÓS SAIR DO SISTEMA RELIGIOSO DENOMINACIONAL?
PRIMEIRO: Reconhecer que a má doutrina é contaminante e corrosiva.
2 Tm 2:17-18 E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.
SEGUNDO: Entender que separar-se do mal doutrinário e eclesiástico não significa deixar de considerar os que ficam como irmãos. Só o Senhor conhece os seus e um dos fundamentos de estar congregado ao nome do Senhor é reconhecer que TODOS os que crêem em Cristo, independente de onde estejam, fazem parte do ÚNICO corpo de Cristo, a Igreja.
2 Tm 2:19a Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus,
TERCEIRO: Separar-se da má doutrina e dos sistemas que a professam, inclusive entendendo que o simples fato de existirem denominações (grupos de cristãos denominados por algum outro nome que não seja o de Cristo) já é uma desonra para Deus e para o único NOME que ele deu para identificar os cristãos.
2 Tm 2:19b ...e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade.
QUARTO: Entender que a "casa de Deus" que em 1 Timóteo 3:15 deveria ter sido "coluna e firmeza da verdade", em 2 Timóteo é vista como uma "grande casa" onde existe de tudo, "vasos" (pessoas) para honra e outros para desonra.
2Tm 2:20 Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra.
QUINTO: Purificar-se "destas coisas", ou seja, das doutrinas e dos "vasos" que as professam para poder ser "vaso para honra", "santificado" (separado), idôneo e preparado para "toda boa obra".
2Tm 2:21 De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra.
SEXTO: Abandonar todos os impulsos contenciosos inerentes à energia da juventude e da carne, o que inclui gerar conflitos ou combater pessoas.
2 Tm 2:22a Foge, também, dos desejos da mocidade;
SÉTIMO: Seguir aquilo que é positivo segundo a Palavra de Deus, como "a justiça, a fé, a caridade" e não ficar atirando pedras e ofensas naqueles que, por não entenderem, permanecem na "iniquidade" e entre "vasos para desonra".
2 Tm 2:22b ...e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz
OITAVO: "Com os que" significa congregar, o que muitos se esquecem de fazer. A separação da má doutrina, dos sistemas religiosos e até dos "vasos para desonra" não é o fim, mas apenas o começo de um processo que leva o crente a congregar com aqueles que "com um coração puro", isto é, já purificados ou separados dessas coisas, "invocam o Senhor". Ter só o Senhor como o centro do ato de congregar, e não um homem à frente, um dogma, um estatuto, uma denominação etc., é a meta aqui. Mas isso deve ser feito com pessoas igualmente separadas, e não mantendo um pé no sistema e outro fora dele.
2 Tm 2:22c ...com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.
NONO: Fugir de debates improdutivos sobre "questões loucas" (que não levam a nada) e "sem instrução" (sem fundamento na Verdade da Palavra) para evitar contendas.
2 Tm 2:23 E rejeita as questões loucas e sem instrução, sabendo que produzem contendas.
DÉCIMO: Manter uma conduta não contenciosa (e não ficar provocando aqueles que permanecem nos sistemas) em mansidão.
2 Tm 2:24a E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos,
DÉCIMO PRIMEIRO: Buscar aprender a Palavra e a sã doutrina para não cair no erro na hora de ensinar os que se mostrarem dispostos a aprender, fazendo isso com "mansidão" e pronto a perder a discussão ("sofredor") quando for o caso, lembrando que nesta carta Paulo está falando de cristãos que estão sendo enganados e presos pela mentira, da qual o diabo é autor.
2 Tm 2:24b-26 ...apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em cuja vontade estão presos.
Estes são os principais passos da separação do mal e da mentira para ocupar-se com o bem e a verdade. Infelizmente muitos param na separação do mal e aí passam a vida atirando pedras nos sistemas e em seus irmãos que ficaram neles. É preciso lembrar que o cristão deve se ocupar com Cristo e que o Senhor continua alimentando os Seus, mesmo aqueles que não tiveram luz para se apartarem dos sistemas humanos. Ele tem dons espalhados por todos os lugares, e um verdadeiro crente que entende a verdade do "um corpo" e do que é estar congregado ao nome do Senhor não poderá desconsiderar seus irmãos, pois "o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós." (Leia todo o trecho de 1 Coríntios 12:12-27).
Finalmente deve existir uma ação prática de buscar a comunhão com aqueles que já estejam congregados ao nome do Senhor, pedindo formalmente à assembleia mais próxima para estar à mesa do Senhor. A assembleia, ao receber tal pedido, irá examinar o irmão ou irmã quanto à realidade de seu pedido, isto, como partindo de alguém que efetivamente se separou do pecado doutrinário e eclesiástico, e que também não esteja vivendo em pecado moral. Uma vez que exista paz entre os irmãos a respeito disso esse irmão ou irmã será recebido à comunhão. Em uma cristandade tão imersa em má doutrina e apostasia esse cuidado passou a ser cada vez mais importante para não contaminar a mesa do Senhor, porque a mesa é dele, apenas cuidada por homens.
Quando esse irmão ou irmã mora longe de alguma assembleia congregada ao nome do Senhor deverá procurar visitar a mais próxima ou será visitado por irmãos congregados nela ou em outras localidades. Depois de recebido à comunhão passará a partir o pão sempre que for visitado por irmãos ou visitar uma assembleia, até que o Senhor acrescente mais um ou dois com a mesma disposição e a mesma comunhão naquela localidade, quando então passam a ser os "dois ou três" dos quais o Senhor falou, que constituem um testemunho congregado ao nome do Senhor.
A partir daí, esta nova assembleia poderá receber pedidos de outros irmãos igualmente apartados dos sistemas, ou recém convertidos, para estarem em comunhão e deverá considerar esses pedidos da mesma forma como cada um ali foi analisado quando buscou estar à mesa do Senhor.
Quando a assembleia é formada apenas por um irmão e uma irmã, ou um irmão e duas ou mais irmãs, lhe faltará "quórum" para funcionar regularmente como uma assembleia em todos os aspectos de suas reuniões, como os cristãos do princípio que "perseveravam na doutrina e dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão e nas orações" (At 2:42), além do julgamento para poder “ligar” ou “desligar”. Eles poderão congregar como assembleia para partir o pão na ceia do Senhor e para oração, já que não são reuniões de ministério da Palavra, portanto não sujeitas à ordem de falarem dois ou três e os outros julgarem.
Na ceia pode existir apenas um varão, o mesmo acontecendo na reunião de oração, pois ele nada mais fará do que sugerir hinos e dar ações de graças, ou orar pelas necessidades que podem ter sido previamente compartilhadas pelas irmãs em conversa particular. Para entender isso é preciso lembrar que as irmãs devem permanecer “caladas nas igrejas”, o que as impede, não só de falar em reuniões de ministério da Palavra, como também de deliberar como agir quando os irmãos se reúnem para tomar decisões relativas à assembleia (como receber alguém à comunhão ou excomungar quem está em pecado, por exemplo).
Então aquela assembleia, limitada em número, deve reconhecer suas limitações e buscar ajuda de irmãos de outras assembleias quando precisarem tomar decisões. Não se trata de buscar ajuda em alguma “sede” ou junta de homens, e nem mesmo em alguma assembleia que seja maior em número, mas em irmãos varões aptos a julgar para ajudarem em um tempo de tanta fraqueza e necessidade como este em que vivemos. Devem se lembrar de que o Senhor é capaz de cuidar deles, inclusive em sua pequenez, evitando a todo custo um espírito de independência, o que é contrário à natureza do corpo de Cristo, onde os membros agem em harmonia uns com os outros.
 
Mario Persona
Textos, vídeos e pregações de irmãos congregados somente ao Nome do Senhor

Mídias sociais:

Facebook  Instagram  X

Administrado por @ramonribeiro_santos