O relativismo social pode corromper o ser humano.
A ciência nunca é neutra, e jamais será. A religião tem fundamentos e isso se baseia em crenças. Creiamos que as duas podem dar as mãos e se jogarem no abismo. O relativismo social está dominando o mundo. Logo tudo passará a ser aceito em nome do amor, da ética e da felicidade e vontade do ser humano, como se Deus não existisse e como se fôssemos os comandantes da natureza. Estamos mais uma vez na era iluminista! O ser humano é mais uma vez o centro do universo. Sofrimento é coisa ruim, prazer é coisa boa. Lágrimas são atraso de vida, risos é crescimento e sabedoria. Nem sempre! Há lágrimas que são para lavar a alma e nem todo sorriso aborda um coração puro, muitas vezes um sorriso corresponde a maldade. Deus não é bem-vindo! Só é bem-vindo se for para trazer alegria, prazer e prosperidade. O Deus que quer ensinar e instruir não é bem-vindo, ofende, nos trata mal, abaixa nossa auto-estima, nos faz de vermes. É o que de fato somos, mas hoje a ideologia do ser humano acima de Deus é mais realista que nunca. O homem pensa que pode controlar a natureza, pensa que pode matar, pensa que é o centro do universo, quando na verdade vive em um universo tão pequeno que não cabe mais ninguém, e como fica sozinho, acha que é dono deste universinho fantasioso. Não, Deus que educa não é bem-vindo, somente o Deus que dá presente. Deus é amor? Sim! E exatamente porquê é amor que Ele te repreende a não seguir para os caminhos da perdição. Mas hoje, Deus tem que mimar pra mostrar que ama.
Hoje o relativismo condena teorias científicas e crenças religiosas, dando lugar apenas às vontades humanas e à idolatria ao ser humano. Nada mais. E tudo o que estiver ao alcance do ser humano lhe será permitido daqui alguns tempos. E isso não dependerá mais de ciência, religião e nem lei. Pois haverá meio-milhão de verdades para serem compartilhadas e isso resultará em colapsos desastrosos, como quebra de vínculos familiares, fim de amizades, individualismo total por atrito de opiniões e por fim, guerras.
Sem crença, não há o que temer e sem a voz da razão, pode-se fazer o que quiser.
Bem-vindo a era do "você não sabe nada".
Texto: Ramon Ribeiro dos Santos