Pagando Para Viver

Se o governo pudesse comercializar o ar, o colocaria dentre os preços mais altos do mercado e ocuparia quase todo o espaço da Bolsa Família, e o pior, teria gente que agradeceria por não morrerem asfixiados.

Pagar por algo que seja vital para a vida é a mesma coisa que um bebê ter que pagar a própria mãe para nascer.

E é exatamente o que o povo brasileiro faz: “paga para o governo permitir que o cidadão realize algo que é vital para continuar vivo: comer”.

Se alimentar para continuar vivo para assim continuar preservando uma falsa esperança de que seu ídolo lhe forneça pelo menos uma ilustre visita em seu casebre, pois sua vida é tão sofrida, tão dolorosa, que um minuto de dignidade pode valer para eles um ano.

E basta oferecer esse minuto de “vida digna” para conseguir milhares de votos, pois eles não sabem o que é justiça, nem mesmo tem noção do que é realmente viver. Tirar o povo da miséria não é desculpa para um governo bom! Primeiro porque nenhum ser humano nasceu adaptável a miséria e segundo, porque isso não é uma característica de um país democrático. É como tratar pessoas como animais e fazer destes animais de uma hora pra outra, cidadãos, que por vezes, nem certidão de nascimento tem. Exclusão social é característica de país sem dono, sem administração, sem governo e tomado como colônia por poderosos. E não serve como pretexto para dizer que o governo faz alguma coisa. Isso é compra de voto! Eles nem sabem o que é vida, basta oferecer apenas 1% dela para ter o que quiser.

Faça um teste:

Coloque uma pessoa em cativeiro e deixe-a sem água por um dia. No dia seguinte, esta pessoa lhe fará qualquer coisa por meio copo de água. Pronto! Você se tornou o Deus dela, o herói, o grande sinal de esperança na vida desta pessoa.

Colocar a vida de alguém em risco para conseguir votos e poupá-la para ter confiança política não é democracia, é populismo! Acorda Brasil!