Perdão

Perdão

O perdão é a remissão de uma penalidade. A penalidade original pronunciada sobre o homem no Éden foi: "no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:17). O homem comeu e incorreu na penalidade. Desde então, a morte tem reinado sobre a raça. O primeiro homem nascido no mundo tornou-se um assassino, e a história da raça tem sido uma história de violência e morte.

Ora, o perdão pressupõe uma penalidade devida e a remissão da mesma. A penalidade da morte foi suportada por outro, a saber, por Cristo, e Deus proclama o perdão a todos. "Ficai sabendo, pois, irmãos, que vos é anunciado por meio dele o perdão dos pecados; e de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê" (Atos 13:38-39).

O perdão nas Escrituras não significa ignorar os pecados sem julgamento. Não é mera leniência. Deus não poderia perdoar sem justiça. A penalidade deve ser suportada, mas tendo sido suportada pelo Senhor Jesus, o perdão é proclamado por meio Dele. "Sem derramamento de sangue não há remissão" (Hebreus 9:22). "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça" (Efésios 1:7).

O perdão é apresentado nas Escrituras de uma forma tríplice:

Perdão Eterno. Esta é a porção de todo crente. É anunciado no Evangelho e recebido pela fé em Cristo. É completo e eterno. "Dos seus pecados e iniquidades não me lembrarei mais" (Hebreus 10:17). "Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado" (Romanos 4:8).

Perdão Governamental. Este é o perdão em conexão com o governo de Deus. Um crente, como filho do Pai, pode entristecê-Lo e incorrer em Sua disciplina. A confissão é então necessária, e o perdão é obtido no sentido governamental. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9). "Pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo filho a quem recebe" (Hebreus 12:6). Este não é o perdão eterno, mas o perdão paternal, restaurando a alma à comunhão.

Perdão Mútuo (ou de uns para com os outros). "Perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo" (Efésios 4:32). Este é o perdão prático que deve caracterizar os crentes nas suas relações mútuas.

É importante distinguir entre estes três aspetos do perdão. O Perdão Eterno baseia-se na obra consumada de Cristo e é imutável. O Perdão Governamental está ligado à disciplina do Pai para com os Seus filhos. O Perdão Mútuo é a graça prática dos crentes uns para com os outros.

Assim, o perdão é um grande tema nas Escrituras, fundado na morte de Cristo, proclamado no Evangelho, desfrutado pelo crente, mantido no governo do Pai e exercido na prática entre os santos.

Por W. Jameson

Traduzido Por Rud Rodrigues

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