Todo país se torna justo quando há nele cidadania!
É fato! Para o funk, opinião não falta! Tem gente que fica falando que há preconceito contra o funk só pelo ato de desprezá-lo. Outros já mais observadores já provam que o ritmo musical é um tipo de imposição ao que é certo, no objetivo de fazer em nós uma lavagem cerebral.
Eu não teria nada contra o funk, se não fosse o fato de este gosto não respeitar os outros gostos musicais, querer impôr aos nossos ouvidos contra a nossa vontade ao invés de ouvirmos por decisão própria e também pelo fato de não respeitar a liberdade humana nas ruas, nas casas e até mesmo no trabalho e nos estudos. Sinceramente, se alguém gosta de funk, seja feliz, claro, (ou pense que é feliz), mas não fique expondo sua felicidade aos outros, cada um tem a sua e a cuida como quiser. Se a sua é alta demais e impede que a dos outros se manifeste, tá na hora de pensar se o que você quer é poder, domínio e ostentação sobre os outros ou se você quer liberdade de expressão, igualdade para todos e principalmente respeito com os demais, que é o mesmo de desejar felicidade. Funk pra mim é ostentação sonora. E se eu quiser mostrar alguma música pra alguém, eu primeiramente peço a esta pessoa a sua permissão. Está na cara que o brasileiro em geral não conhece a Lei Maior! A Lei que nos torna todos iguais! Todos Cidadãos de um país de mais de 5 milhões de habitantes. Eu respeito você! Seja quem for! Nordestino, Trabalhador Rural e Advogado. Somos uma nação só! Para ser justa e democrática, resta só mesmo ser unida!
A ostentação do funk também passou dos limites. É uma forma de mostrar algo alheiamente para os outros na forma de seduzir aos olhos de quem está presente. Sempre se trata de algum objeto de valor, jóias e até mesmo partes íntimas do corpo a fim de ser notado, elogiado, desejado e cobiçado. Ninguém é obrigado a ver o que não quer, muito menos ouvir o que não quer. Estamos hoje na era do choque, a era em que tudo espanta e ofende, mas que ninguém liga. Já aceitamos em nosso cotidiano a depravação e o escândalo, tudo baseado na estética do choque.
Caso alguém desconfie do que estou falando pesquise o filme Ninfomaníaca. Um dos pornôs mais bem-sucedidos da história do cinema e que o telespectador assiste com um único objetivo: "vencer sua própria depressão".
Texto: Ramon Ribeiro