A publicidade brasileira é considerada uma das melhores do mundo e uma das que mais conquistam premiações anualmente. O que contribui para esse status de prestígio? Tudo! O cenário, o figurino, a trilha sonora, os atores e até os efeitos especiais embutidos.
E toda essa receita proporciona ganhos para as empresas, mas também perdas para os pais e principalmente para o desenvolvimento saudável de seus filhos, que até os 7 anos de idade, estão formando sua personalidade, seu caráter e seu propósito de vida.
Quais são os limites dos efeitos da publicidade infantil em crianças? Crianças que mal sabem o que querem e que podem ser facilmente induzidas a consumir um produto simplesmente porque nos comerciais estão seus personagens preferidos do cinema e dos desenhos animados. Fora a fantasia e a magia carregada nestes comerciais para seduzir os pequenos.
Acredite ou não, este é um assunto ainda bem debatido entre acadêmicos, estudiosos e profissionais ligados à área. A que ponto a publicidade infantil pode influenciar uma criança?
E até que ponto este marketing pode romper a autoridade dos pais sobre seus filhos?
Sabemos que a televisão ocupa praticamente 98% dos lares brasileiros, sendo apenas 2,8% deste número lares sem o equipamento. E o nível de influência da TV sobre as pessoas ainda é consideravelmente grande, mesmo com o advento da internet e das redes sociais.
Como se não bastasse, o efeito da TV sobre o cérebro não é dos mais positivos. Estudos confirmam que as ondas betas transmitidas pelo aparelho fazem o cérebro entrar em pleno estado de hipnose e dormência, desativando todas as camadas e neurônios responsáveis pela compreensão, criatividade, reflexão e raciocínio lógico. Neste estado, o cérebro se entrega voluntariamente à manipulação, interpretando tudo ao que é exposto como realidade, ainda que se perceba que não o é.
Dentro deste contexto, crianças podem aderir não a seus próprios sonhos, mas a sonhos que não são delas. Sonhos que são impostos e tudo em prol do consumismo patológico.
Fique a seguir com o Documentário: “Criança A Alma do Negócio” produzido pela Maria Farinha Filmes.